domingo, 28 de setembro de 2014

CARREGA PORTO: CLÁSSICO DÁ EMPATE

SPORTING-FC PORTO, 1-1

Primeira Liga, 6ª jornada
Sexta-feira, 26 Setembro 2014 - 20:30
Estádio: José Alvalade, Lisboa
Assistência: 37.999

Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria).
Assistentes: Ricardo Santos e Luís Marcelino.
4º Árbitro: Tiago Martins.

SPORTING: Rui Patrício, Cédric, Maurício, Sarr, Jonathan Silva, William Carvalho, Adrien, João Mário, Carrillo, Slimani, Nani.
Suplentes: Marcelo Boeck, André Martins, Montero (78' Slimani), Capel (65' Carrillo), Rosell, Paulo Oliveira, Carlos Mané (78' Adrien).
Treinador: Marco Silva.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Marcano, Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Rúben Neves, Herrera, Quaresma, Jackson Martínez, Brahimi.
Suplentes: Andrés Fernández, Tello (46' Quaresma), Reyes (60' Casemiro), Evandro, Adrián López, Óliver Torres (46' Rúben Neves), Aboubakar.
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Jonathan Silva (2'), Sarr (56' ag).
Disciplina: amarelo a Slimani (11'), Quaresma (19'), Maurício (23'), Cédric (44'), Nani (70'), Tello (88').

Graças a uma excelente segunda parte, em que dispôs de cinco ocasiões claras mas conseguiu apenas um golo, o FC Porto empatou no terreno do Sporting (1-1), em jogo da sexta jornada da Liga portuguesa. Tratou-se apenas de mais um clássico entre tantos outros em quase 121 anos de história do clube, que afinal de contas terminou com o resultado mais comum nas últimas épocas: nos últimos sete encontros no terreno dos lisboetas para a Liga, contam-se uma vitória do FC Porto, duas do Sporting e três empates.

As notícias das dificuldades dos Dragões no terreno do Sporting são assim algo exageradas, mas partem de um ponto de vista compreensível: a generalidade dos observadores exige que o FC Porto vença no campo dos adversários mais directos, enquanto que o mesmo não se passa em relação ao rival, que, em boa verdade, apenas conquistou dois campeonatos nacionais nos últimos 30 anos. Os azuis e brancos aceitam esta exigência de superioridade, mas também gostariam de contar com menos obstáculos para a atingir. Mais uma vez, num lance capital do encontro, em cima dos 90 minutos, o árbitro prejudica o FC Porto, perdoando uma grande penalidade ao Sporting e a expulsão do seu jogador Maurício. Mas já lá vamos.

A primeira parte foi muito difícil para o FC Porto, especialmente os primeiros 15 minutos. É sempre uma infelicidade sofrer um golo na madrugada do jogo, num lance em que o Sporting beneficia de uma arrancada feliz de Nani e do demérito dos Dragões, que perderam a bola a meio campo. Jonathan Silva abriu o marcador aos dois minutos - foi o primeiro golo sofrido em jogos oficiais num lance de bola corrida, esta época - e os lisboetas beneficiaram de mais dois lances perigosos no primeiro quarto de hora.

Com Marcano no lugar habitualmente ocupado pelo castigado Maicon no centro da defesa e Quaresma a regressar à titularidade na ala direita, os azuis e brancos foram-se recompondo com o passar dos minutos, terminando a primeira parte com mais posse de bola (53 por cento). Jackson lutou muito na frente e ainda introduziu a bola na baliza do Sporting, numa jogada em que estava fora de jogo, mas a dificuldade em ligar os lances ofensivos, face à pressão do adversário, foi notória. 

No segundo tempo, Lopetegui fez entrar Óliver Torres e Tello, saindo Rúben Neves e Quaresma, mas, mais importante do que isso, houve uma postura mais assertiva. Trocando melhor a bola e pressionando os adversários com mais agressividade, o FC Porto poderia ter empatado logo aos 49 minutos, com Jackson, isolado por Brahimi, a atirar contra Rui Patrício. No entanto, os desequilíbrios surgiam com muito mais facilidade no meio-campo do Sporting - menos pressionante - e, sete minutos depois, chegou o empate. Tello descobriu Danilo solto na direita e o cruzamento do brasileiro encontrou Sarr, que desviou para a própria baliza, quando tentava fechar a linha de passe.

À passagem da hora de jogo, Casemiro lesionou-se e o treinador do FC Porto foi forçado a queimar a última substituição de que dispunha, lançando Reyes para o meio-campo defensivo. As duas equipas encaixaram-se como até então não tinha sucedido e o tempo foi-se escoando sem que nenhuma criasse perigo, até ao minuto 79, em que Capel rematou á trave.

Porém, as três últimas grandes oportunidades para desfazer o empate foram todas azuis e brancas: Herrera, aos 82 minutos, forçou Rui Patrício a uma espectacular defesa; aos 89, um calcanhar de Jackson foi interceptado pelo braço de Maurício, num lance que deveria ter dado origem a grande penalidade e expulsão do brasileiro; por último, Tello, já nos descontos, num lance individual, atirou a centímetros do poste da baliza do Sporting. Os três pontos poderiam perfeitamente ter viajado para o Porto.

DECLARAÇÕES
Lopetegui: “Somos credores de uma vitória”

​Julen Lopetegui considerou injusta a igualdade a uma bola entre Sporting e FC Porto. O treinador dos Dragões reconheceu que a equipa sentiu “dificuldades” na primeira parte, mas realçou a “magnífica” resposta dada nos segundos 45 minutos. Pela terceira jornada consecutiva, deixa críticas à forma como são apitados os lances capitais nos jogos do FC Porto e acredita que os azuis e brancos já deixaram escapar seis pontos por “más decisões” das equipas de arbitragem.

“Sabíamos que o Sporting ia entrar forte, mas não esperávamos sofrer um golo tão cedo e daquela maneira. Sentimos dificuldades na primeira parte, mas a equipa reagiu de forma magnífica na segunda. Creio que somos credores de uma vitória e parece-me que há uma grande penalidade não assinalada a nosso favor no remate do Jackson Martínez”, afirmou Julen Lopetegui após o desafio com os lisboetas, no qual considera que os Dragões voltaram a ser prejudicados.

“Acusámos algum nervosismo, mas melhorámos muito com o desenrolar do jogo e julgo que seríamos o vencedor mais justo. Chegámos ao empate com muita atitude e determinação. Infelizmente, temos a sensação que deveríamos ter mais pontos, pois creio que já nos tiraram seis por más decisões. Estamos na luta e não nos preocupa como as coisas estão agora. O campeonato é longo e muito ainda vai acontecer. O importante é chegar ao fim no topo e vamos ver onde estamos em Maio”, acrescentou o técnico espanhol.

Já Danilo, que assumiu um papel decisivo no golo portista, considera que os Dragões reagiram bem à vantagem madrugadora da equipa de Alvalade e afirma que é muito cedo para fazer as contas do campeonato. “Sabíamos que seria um jogo difícil, mas não podemos sofrer um golo daquela maneira. Soubemos reagir e lutámos pela vitória, mas infelizmente não conseguimos. Foi um jogo entre duas grandes equipas, com grandes jogadores. Tivemos oportunidade de ganhar e é óbvio que não estamos satisfeitos com o empate, pois jogamos sempre para vencer. Ainda falta muito campeonato e tenho a certeza de que estaremos no topo brevemente, pois o plantel tem muitas opções e muita qualidade”.
fonte: fcporto.pt

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